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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Férias / Acidentes


  


Férias da garotada requer cuidados com acidentesdomésticos. 



Criança exige atenção constante. Não há quem não tenha ouvido essa frase proferida por pais, avós, educadores e, principalmente, médicos. Isso porque os pequenos são curiosos, têm necessidade de explorar os ambientes, testar suas habilidades, embora não possuam noção de perigo. Com isso, o risco de acidentes é eminente. Em tempo de férias escolares aumenta o número de crianças atendidas no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), da Rede Fhemig, vítimas de acidentes domésticos.

A unidade não tem dados estatísticos, mas a pediatra do Ambulatório de Emergência Marislaine Lumena de Mendonça afirma que o movimento nesta época é grande. Ela ressalta que a maioria deles é previsível. “Brincar é uma atividade saudável, mas deve ser feita em um ambiente seguro. Cabe aos pais propiciar isso às crianças, sem colocar medo, mas mostrando os riscos”, afirma.

Crianças menores de 10 anos nunca devem ficar sozinhas em casa, sem a supervisão de um adulto. No ambiente doméstico, a cozinha representa o maior risco de perigo. Estatísticas nacionais mostram que 11% deles acontecem em meio a fogão, líquidos quentes, instrumentos de corte, botijão de gás, entre outros perigos. A velha e verdadeira frase de alerta que “cozinha não é lugar de criança” deve ser seguida à risca. Ainda assim é preciso manter os cabos das panelas para dentro do fogão, esquentar produtos nas trempes de trás e não segurar crianças no colo quando estiver cozinhando. Outra dica é abolir o álcool líquido de casa, já que o frasco pode explodir. Além disso, a combinação do produto com fogo pode deixar queimaduras graves, seqüelas irreversíveis e até mesmo levar à morte.

Queda na infância

Já os desastres no banheiro, onde as ocorrências mais comuns são intoxicação por medicamentos ou por produtos cáusticos, como alizante e amônia, além de afogamento em baldes de água e em vaso sanitário, representam 8% dos casos. Lumena de Mendonça ressalta que, de 2006 para 2007, os acidentes com produtos cáusticos aumentaram 46% nos hospitais de pronto-socorro de todo país. E no João XXIII a situação não é diferente.





Muitos adultos gostam de dizer que criança que não teve apenas um tombo na vida, não aproveitou a infância. E as quedas de escadas, laje, bicicleta, da própria altura e de mobílias, principalmente em crianças abaixo de 5 anos, são comuns. O estudante Vítor Ribeiro Xavier, 10 anos, caiu da árvore no último dia 8, quando subiu no pé de ameixa para pegar um papagaio. A mãe dele, a dona de casa Heloísa Aparecida Ribeiro Xavier, 46 anos, conta que encontrou o filho desacordado no chão com uma poça de sangue próxima à cabeça.  “Fiquei desesperada. Ele teve traumatismo craniano, um coágulo no cérebro e cortou a boca”.

Internado no hospital, ele aguardava a realização de mais uma tomografia para receber alta. “Depois do acidente, é preciso esperar 48 horas para repetir o exame, mas ele já está bem. Foi um susto”, afirma Heloísa, que tem outros quatro filhos e é avó do pequeno Diogo, 11 meses. Ela afirmou que nunca teve problemas com as crianças e garante que toma todos os cuidados para evitar acidentes, principalmente com o bebê.

Outra recomendação é o uso de capacetes, joelheiras e cotoveleiras quando for andar de bicicleta, patins e skate, para maior proteção, nos casos de queda. A equipe de Pediatria do HPS também alerta para outros acidentes freqüentes, nesta época do ano, devido à propícia combinação - vento e férias. Com o colorido dos papagaios no céu, o maior perigo é o corte pelas linhas lambuzadas da mistura de cola e vidro moído. Em junho deste ano, 17 pessoas deram entrada no hospital vítimas desse acidente, e duas, só na primeira semana de julho. Lumena de Mendonça lembra que, na ânsia de pegarem o brinquedo “laçado”, muitas crianças não tomam cuidado com trânsito e perdem noção do local onde estão para faturar a pipa. Com isso, aumenta o risco de serem atropeladas e da queda, como ocorreu com Vitor.

Riscos nos brinquedos

Crianças menores podem ter sufocação ao engolir pequenos objetos que se desprendem de brinquedos, baterias de relógio, entre outros. Em época de festa julina, os balões e bexigas não devem ser diversão para crianças, pois há o risco de elas aspirarem. Por isso, é fundamental, conforme Lumena de Mendonça, respeitar a recomendação do fabricante sobre o limite de idade. Ainda dentro das residências, a pediatra recomenda cuidados com aparelhos elétricos, fios desencapados e tomadas, que devem estar tampadas.

Medicamentos e produtos de limpeza devem ser mantidos longe do alcance das crianças, para evitar possíveis intoxicações. Ela observa que os frascos e o conteúdo geralmente são atrativos, com cores fortes e vibrantes, podendo até mesmo ser confundidos com balas e refrigerantes, dependendo do recipiente que estiverem acondicionados.



Fonte: www.agenciaminas.mg.gov.br

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